Segundo o dicionário, celebrar significa exaltar, louvar ruidosamente, cumprir solenemente um ritual religioso. Dissecando um pouco mais essa palavra, e mais ainda, o conceito, chegamos a um impasse: Quem comanda uma data comemorativa? O cérebro, uma divindade?Quem está por trás disso?Bom, não sei se teremos uma resposta, mas o importante é questionar.
Não me esperem ouvir falar mal do Natal e das festas de final de ano ou de qualquer outra. Elas têm a sua função. No caso do Natal, aproxima as famílias distantes, deixa as cidades mais bonitas - coisa necessária em algumas metrópoles brasileiras - Além de aquecer a economia. No entanto, se o mundo fosse só isso, estaríamos felizes, como vacas de presépio.
O mundo ocidental segue uma lógica invisível, uma orquestração para que tudo se mantenha sob controle. Controle social. E isso é mais forte do que a Igreja Católica (eventual culpada por tais eventos) e muito mais forte do que a própria cristandade. Antropólogos poderiam explicar melhor, mas não só eles, economistas, filósofos, cientistas etc. A força das celebrações de massa – especialmente o Natal, a maior delas – é algo alquímico, algo que ultrapassa os limites do nosso entendimento. Um processo que vem se desenrolando há séculos e que pra onde ninguém sabe. Alem do bem ou do mal, é bom termos apenas consciência do que isso significa, mesmo que pra isso montemos o nosso núcleo particular de resistência – não apenas aos eventos, mas à mediocridade vestida de paz.