Guilherme de Pádua, sim, ele mesmo. Assassino de Daniela Perez, é pastor de igreja evangélica de BH. Aleluia impunidade!
A matéria (não tão isenta quanto deveria, mas se tratando dessa revista, já está boa) fala sobre Pimenta Neves, ex-diretor de redação do jornal O Estado de São Paulo que, motivado por ciúmes, matou sua namorada, Sandra Gomide, 32. Neves continua impune quase dez anos depois desse assassinato e não tem grandes expectativas de ser preso.
Esse caso é importante mas é só mais um dentro de tantos. Na verdade, ele é simbólico. Um homem que na época, ocupava o centro do mundo “dito” sério brasileiro, o das notícias, o da imprensa, comete um crime bárbaro e se não fosse por um ou dois veículos, cai novamente no anonimato e vai na padaria como eu vou, faz tudo que eu e você fazemos, livre, leve e solto.
Podemos imaginar o que pensam as pessoas sem instrução ou com uma instrução voltada para a violência. Neste caso, levar-se pelo impulso assassino é uma opção, não um temor. O que devem estar pensando também tantos que vão presos, que no contexto que pinto, deixam ser ser réus para serem inocentes, obviamente, apenas na esfera da impunidade – já que a regra é não ter leis para criminosos com cacife.
Só para lembrar: Luiz Estevam, Delúbio Soares, Gil Ruggai, Marcelo Caron, Nicolau dos Santos Neto, e tantos outros – pelo mesmo motivo – também devem estar rindo agora desse post.