Dentro da história das doenças, ele é imbatível. O câncer é sem dúvida um desafio não só médico. Presente em toda a história, é uma doença na maioria das vezes invisível e por isso, a essa altura – em que presenciamos tantos avanços médicos – ainda se engatinha, ou no máximo, anda-se de velocípede na prevenção e tratamento desse mal.
Curá-lo é possível, porém cercado de eternas variáveis. O diagnóstico precoce, o modo de vida da pessoa, a resistência às químicas. Tudo isso vai determinar o sucesso das terapias. O fator psicológico é também um inimigo ou um aliado. A cara das pessoas quando o doente conta é o negativo. O exemplo de superação para um grupo é o positivo.
O câncer ainda é uma doença fantasiada de morte. Talvez seja. Mas não de forma genérica, não a morte em uma palavra. A imagem da doença e a auto-estima das pessoas é algo inversamente proporcional. Desmistificar neste caso é compreender.
No livro “A doença e suas metáforas”, Susan Sontag, intelectual norteamericana, conversa com o leitor sobre essa imagem. Diagnosticada com um em 1978, ela nos deu um livro esclarecedor que é ao mesmo tempo, um testemunho bonito.
Sontag nos fala da doença como um estado de espírito, algo evitável, um sabor amargo de morte, mas que não é a morte, essa sim, inevitável para todos nós, doentes ou saudáveis.
Estreando aqui! Quanta honra! Nem sempre os vencedores são aqueles classificados em primeiro lugar. Acredito que vencedor é aquele que assimila o que perdeu e lança todas as suas forças para continuar na batalha. Um abraço e parabéns pelo texto.
ReplyDeleteEsse post de câncer e o da morte embaixo deste me lembrou o vice-presidente tão espiritualmente forte na luta contra o câncer. Ele falou que Deus não precisa de um câncer para tirar-lhe a vida, então enquanto isso está lutando, se defendendo, aprendendo e vivendo.
ReplyDeleteÉ uma doença má, enganadora e perversa. Muito comum na minha família infelizmente, mas com a longevidade alcançada está se tornando muito mais comum que antigamente.