Foto: Sion Fullana
O desejo. Aquele amigo de duas caras. Serve para chegar à menina mais legal do colégio, mas também pra desejar a mulher do próximo; para levantar a auto-estima e também desdenhar de quem nos quer bem.
As facetas do desejo são conhecidas, não dominadas. Como algumas doenças das quais se houve muito falar, mas que ainda não se tem a cura. O desejo que nos transforma em seres ativos, em verdadeiros caçadores, é também aquele que pode nos destruir. Novidade? Nem um pouco.
Bastar olhar nos contos, nos livros. Cantado, versado, interpretado. O desejo não é a simples paixão trovadora, a que nos faz suspirar. É a carne, o sangue, a dor. Desejo sexual, desejo material, desejo de hierarquia. Não importa qual seja, desejar é querer sem trégua um objeto – humano ou material. É se transformar em um pequeno monstro, ou na mais doce fada, em busca da mais visceral das paixões.
Depois do desejo, a satisfação; a paz; a tranquilidade. A cobra que suspira por um ano após devorar o seu caprino. O desejo é inútil. A sua existência soa como ferramenta para nos manter vivos, sãos, alegres, satisfeitos. O seu ciclo de vida varia, dependendo da maneira com que lidamos com ele ou de acordo com o valor do prêmio final. “Eu desejo o seu desejo”, mera utopia cantada na MPB pois desejo infelizmente é egoísta.
Desejo...É preciso ter cuidado com ele...
ReplyDeleteNão somos somente matéria para nos permitir levar pelos desejos. É preciso deixar a mente e o coração decidir, pois o desejo pode trair nossas melhores intenções.
Sou defensor de por o desejo num lugar seguro, domá-lo.
Não significa sufocá-lo, mas,muitas vezes, quando desejamos demais, terminamos perdendo muitas coisas boas da vida que conseguimos: amigos, amor, paz de espírito, confiança.
Se você não freia, irá sempre existir novos desejos. E onde se vai parar com isso??
Então acho que podemos estimular os bons desejos. E o que são bons desejos?
São aqueles desejos que não só fazem bem a nós, mas também a quem amamos.
Porque a palavra desejo tem muito de egoísmo (eu acho)...Mas há desejos que podem ser compartilhados com outro.
Esses desejos valem a pena estimular.
Saudades, meu amigo.
Abração, Fernando Cisneiros